Com o coração nas mãos
A minha avó está internada. Já há uns anos que tem um aneurisma e agora coloca-se a hipótese de ser operada porque tem vindo a aumentar de tamanho. A operação não é isenta de riscos e como tal tem de ser uma decisão bastante ponderada.
Há dois métodos cirúrgicos, um menos invasivo e praticamente sem riscos e um outro muito arriscado. O médico que a propõe operar não põe de parte a hipótese de se o primeiro método não funcionar terem de partir para o segundo. A minha avó está internda desde segunda para realizar os exames necessários e agora o médico quer que a minha mãe e a minha tia decidam hoje se é para operar ou náo na segunda.
Como é que se toma uma decisão destas? Praticamente de vida ou morte? Porque uma vez que comecem a operar, não dá para parar. A minha avó tem imensos problemas de saúde e já não vai para nova. Em relação ao aneurisma ele tanto pode rebentar daqui a umas semanas como permanecer durante anos. É como viver com uma bomba relógio e por isso não sei o que será preferível. E as opiniões dos médicos não são consensuais. Que raio de situação...
A minha avó não é a pessoa mais fácil do mundo e com o passar dos anos tem vindo a ficar mais amargurada mas é minha avó e gosto dela na mesma. E espero que viva muitos mais anos para ver crescer a bisneta.
Estou com o coração nas mãos, literalmente.
xoxo
cindy