Abrir as asas e voar #2
No domingo o meu irmão partiu para uma nova etapa da vida. Durante 6 meses vai estar longe de nós, a trabalhar fora e a crescer mais um bocadinho. Já sabíamos que este dia ia chegar mas parecia sempre que faltava muito e quando demos por ela, estávamos em cima do acontecimento. Estou triste, não vou negar. Enquanto família sempre fomos muito unidos e o meu irmão é em tudo o filho do meio - o menino da mamã e do papá, o protetor das irmãs, o mais generoso, sensível e coração mole. Aquele que guarda tudo para ele e a quem é preciso sacar tudo a saca-rolhas. E aquele que se mete nas encrencas mais inimagináveis! As histórias que vamos acumulando com o passar dos anos dão-nos sempre que rir! E é uma delícia vê-lo com a Pinypon, é um namoro pegado entre tio e sobrinha.
Claro que estas experiências são sempre importantes e enriquecedoras mas custa um pouco pensar se será provisório ou mais duradouro. Infelizmente o nosso país está como está e as perspetivas são francamente más. Não sei o que será de nós enquanto nação se todos os nossos licenciados e jovens se vêm obrigados a ir para fora para poderem viver. Aliás, já nem é uma questão de viver melhor, para muitos e muitas famílias é mesmo uma questão de sobrevivência.
E lá foi ele com uma mala enorme onde nem coube tudo o que ele queria levar. Não foi para muito longe, França está aqui ao lado e as viagens até são baratas. É esperar que ele se instale e programar uma visita. Haja dinheiro para bilhetes de avião porque estadias é o que não falta por essa Europa fora. E valha-nos o skype.
xoxo
cindy