Bebé a bordo #27: a cadeirinha auto
Dois posts dentro da rúbrica "bebé a bordo" numa semana! Mas ontem ao ler um post num grupo do FB, achei mesmo que devia escrever sobre isto. Isso e ter visto um coleguinha do baby Pêpê a ser transportado já numa cadeirinha e no sentido da marcha.
Já em 2013 escrevi aqui sobre este tema do transporte dos bebés e crianças, entretanto há ainda mais informação disponível mas lamentavelmente, não há ainda lei obrigatória no que diz respeito ao transporte em RF ( rear facing, ou seja, contra a marcha do veículo). Se forem ler o post que identifiquei em cima, vão ver que na altura e perante falta de informação em contrário, comprámos a Chicco Eletta, que fazia RF até aos 13kg e deu sensivelmente até aos 3 anos da pequena. Sei hoje que as cadeiras da Chicco são uma péssima opção em termos de segurança. E entretanto, descobri outras coisas. Sabiam que as cadeiras têm prazo de validade? E que caso estejam envolvidas num acidente, devem ser substituídas imediatamente? E que não devemos usar cadeiras em segunda mão? Eu não sabia nada disto e tem sido uma descoberta.
Resumidamente, as normativas atuais defendem que a criança circule em RF até pelo menos aos 4 anos, ou seja, 18kg. Se puder andar ainda mais, tanto melhor. E não julguem que ficam apertados ou é incómodo irem contra a marcha, a mais velha nunca se queixou de desconforto ou de falta de vistas. Aconselho vivamente a leitura deste artigo da APSI que tira todas as dúvidas, deixo-vos um extrato:
"As crianças têm o pescoço muito frágil e a cabeça grande e pesada. Por isso, devem viajar em cadeirinhas voltadas para trás até aos 3 ou 4 anos. Só assim, numa colisão frontal (as mais frequentes e, regra geral, mais graves), as suas costas, a cabeça e o pescoço serão amparados uniformemente. As cadeiras voltadas para trás são as que protegem de forma mais eficaz - em caso de acidente, podem salvar a vida de 9 em cada 10 crianças."
Posto isto e tendo em conta que as cadeiras da Chicco falharam na maior parte dos testes de segurança ( e esqueçam os rankings da Deco!), está fora de questão usar a cadeira que temos, até pela questão da validade. Enquanto ele couber no ovo, é lá que andará. Mas entretanto, ando já a pesquisar preços e modelos, pelo que este grupo tem sido uma ajuda preciosa e encontram lá informação preciosa, inclusivé sobre o porquê de ser recomendado o RF:
in bebeconfort.com
- Se criança estiver numa cadeira virada para a frente: o seu corpo é retido pelo arnês enquanto a sua cabeça é atirada para a frente com muita força, sendo depois projetada para baixo contra o peito e depois novamente para trás. Dependendo da idade da criança e da violência do embate, a cabeça, pescoço, ombros e coluna, ainda muito frágeis, podem sofrer ferimentos muito graves.
- Se a criança estiver numa cadeira virada para trás: o seu corpo é empurrado para o fundo da cadeira em vez de ser projetado. A energia do embate é distribuída uniformemente pela superfície da cadeira e todas as partes sensíveis do corpo da criança estão protegidas. A cadeira atua como uma “concha protetora” e absorve a maior parte do impacto do acidente.
- A percentagem de risco de ferimentos graves é de 40% numa cadeira virada para a frente e de 8% numa cadeira virada para trás. Isto significa que é 5 vezes mais seguro para uma criança viajar de costas para o sentido do trânsito.
- O peso exercido no pescoço é equivalente a cerca de 300kg numa cadeira virada para a frente e de cerca de 50kg numa cadeira virada para trás."
O texto já vai longo mas já andava para o escrever há algum tempo. Quem por aí está informado sobre o assunto? Querem partilhar a vossa experiência?