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Teletrabalho - 1 ano depois

Se me dissessem ao entrar em 2020 que ia passar esse ano quase todo em teletrabalho e em 2021 assim ia continuar, eu não acreditava. Mas aqui estamos, mais de um ano volvido, ainda neste regime de teletrabalho. Ali entre o verão e o início do outono ainda estivemos alternados entre presencial e teletrabalho mas foi sol de pouca dura.

 

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Se são leitores assíduos aqui do blog, certamente se lembram que quando a Mariana nasceu e depois de ter sido despedida do gabinete onde trabalhava, comecei a trabalhar a partir de casa. Na altura estávamos em plena crise do imobiliário e isso permitiu-me gozar a licença de maternidade, receber o subsídio de desemprego e começar a trabalhar como freelancer quando se começou a ver alguma retoma. Foi o melhor de dois mundos - ficar com ela em casa até aos 3 anos e poder acompanhar o seu crescimento, ao mesmo tempo que ia fazendo os meus projetos. Mas continuo a dizer que só foi possível conciliar as duas coisas porque a Mariana sempre foi uma bebé e criança sossegada. Isto para contextualizar que este mundo de trabalhar em casa não é novidade para mim.

 

Claro que estarmos voluntariamente em casa e sermos atirados em espaço de dias para o teletrabalho em contexto de pandemia não é propriamente a mesma coisa. Os primeiros dias foram um choque entre o que é que fazemos aos miúdos e esta porcaria do VPN não funciona e vamos ficar doidos e coitadas das pessoas se nós não damos conta do recado. Falo por mim ( claro!) mas senti muito que mediante o panorama em que estávamos, era mais que justo dar ( ainda mais ) o litro para não prejudicar ninguém que dependia de uma decisão para o seu investimento. Por outro lado, a sensação de sermos privilegiados por podermos estar em casa, resguardados e ( mais) longe do virus, traduzia-se numa maior noção de responsabilidade. E os meses foram-se passando entre escola em casa, videochamadas para tudo e mais alguma coisa, reuniões pelo Teams, pelo Zoom, pelo Meet, telefonemas dia fora, entre dois adultos e duas crianças em casa, 24h sobre 24h.

 

Depois, o alento dos meses de verão que permitiram irmos passar uns dias ao Douro, depois uma semanas e regressar em Setembro ao ensino presencial. Alternar trabalho em casa com trabalho presencial durante uns tempos e a noção que estar em teletrabalho permite conciliar bem melhor vida familiar e laboral. Diminuem-se as deslocações, o tempo perdido em ir casa, escola, trabalho e depois vice versa. Ganha-se tempo para eles e para a vida familiar. Perde-se o convívio com os colegas e amigos e a socialização que todos precisamos.

 

O pior chegou quando tivemos que voltar ao modelo teletrabalho, tele escola e creche em casa. Uma criança que não queria voltar a ficar longe dos colegas e amigos, um bebé muito mais ativo e a requerer muita mais atenção, pais já saturados e exaustos. Janeiro, Fevereiro e Março foram meses duros, muito desgastantes do ponto de vista psicológico e físico. Fez-se mas foi muito, muito complicado. Foi chegar ao final do dia com a sensação que se falhou em alguma coisa - ou no trabalho, ou nos filhos.

 

Felizmente, com a abertura das escolas e das creches pudemos respirar um pouco de alívio e recuperar alguma da sanidade perdida. Não sabemos o que os próximos meses nos reservam mas esperemos que a luz ao fundo do túnel esteja cada vez mais perto.

 

E qual o balanço destes muitos meses? Que o ideal - numa situação fora da pandemia - é haver dias de trabalho em casa e dias de deslocação ao trabalho. Em casa o trabalho rende mais, sinto-me mais produtiva e consigo concentrar-me mais facilmente. No entanto, a troca de impressões com os colegas é fundamental para alargar conhecimentos e até para uniformizar procedimentos. Para mim, este seria o mundo ideal. Resta saber se terminada a pandemia darão hipóteses aos funcionários de escolherem em que moldes pretendem trabalhar.

 

Por aí, como foi ou tem sido a experiência do teletrabalho?

 

xoxo

Marta

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Breves

Não sei se foi das poeiras da semana passada mas passei estes dias aflita do nariz, sempre a espirrar e com um peso na cabeça que me deixou com um humor de cão. Tenho andado mais pelo Instagram por estes dias e partilhado lá o nosso dia-a-dia.

 

Espero que a vossa Páscoa tenha corrido bem! Confesso que eu não estava minimamente dentro do espírito pascal... O ano passado já tínhamos feito coelhos, pintado ovos e outras atividades. Este ano, não me apeteceu. Valha o ATL e a creche que  foram fazendo as atividades próprias da época.

 

 

Aproveitando o tema da Páscoa, queria deixar-vos aqui uma sugestão de mais uma marca portuguesa - a Barbara Goyri Jewellery. Já a sigo há vários anos e já fiz várias compras. Quando vi que tinha um kit pensado para a Páscoa, não resisti! O kit incluía um Colar em Prata 925, um Cartão ilustrado com frase de esperança, um Mini bouquet de flores secas e um Ovinho decorativo. A juntar o útil ao agradável, 5€ revertiam a favor da @hopeporto. Fiz a encomenda, a Bárbara veio entregar e a minha irmã - que é minha afilhada - adorou a surpresa! E deixo a dica que a Bárbara já me confirmou que vai haver um kit para o Dia da Mãe! Estejam atentos!

 

Entretanto, este mês aderi ao Book Gang e mal posso esperar pela entrega! O Book Gang é um clube do livro digital, criado pela Helena Magalhães, com sugestões mensais de leituras e onde podem aderir à box de subscrição mensal. Para quem gosta de ler ( EU!!!) acho uma ótima ideia, já conheciam?

 

E por falar em box e subscrições, aderi à Beauty Box da Lookfantastic. Quem quiser um código de desconto, é só mandar um e-mail para daybiday@sapo.pt que eu envio. Como adoro conhecer produtos novos, pareceu-me uma ideia engraçada aderir à Beauty Box, que contrariamente a muitas que andam por aí, não tem um preço exageradíssimo. Para além disso, fiz umas comprinhas no site que tem imensos produtos e ainda por cima bastantes promoções.

 

Gostava ainda de agradecer em quem me ajudou no Instagram a escolher a minha compra na Escapeshoes - se as Melissa, se as Converse. Já fiz a encomenda, depois mostro! Tive mesmo muita dificuldade em escolher porque a nova coleção da Converse está top!

 

Boa semana a todos!

 

xoxo

Marta

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Relato de um confinamento 2.0 #5

Não tenho passado muito aqui porque os dias parecem todos iguais dentro da loucura que anda para estes lados. O ânimo tem sido pouco e é de mim ou este confinamento está a custar muito mais que o anterior?

 

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As aulas online têm corrido surpreendentemente bem e é de louvar o esforço dos professores para que isto corra bem dentro do possível. De manhã a miss M. tem aulas e de tarde faz alguns tpc's e apoio do ATL. Também tem catequese online, apoio e encontro de ATL. Já fez ioga online, organizado pela Associação de Pais e esta semana houve dança. Muito ocupada. E muito "reclamona" que nós só trabalhamos.Por falar em trabalho, tem sido mais que muito mas quem corre por gosto não cansa, certo? Cansa, cansa mas tem sido recompensador.

 

Claro que o tempo não estica e muitas vezes sinto-me assoberbada por tanta coisa para fazer e tratar. Mas sabem aquela coisa que me tem deixado mesmo desgastada? Para além das mil birras das pessoas cá de casa, claro! COZINHAR! Já não posso pensar em que fazer para o almoço ou jantar, estou FARTA! Também sentem isso?

 

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E por isso veio mesmo a calhar a surpresa que chegou cá a casa a tempo do pequeno-almoço de domingo! Mega surpresa do meu irmão e cunhada que fez as delícias de todos!!! Nesta altura do campeonato sabe mesmo bem um mimo destes. Claro que o baby Pêpê ficou a pensar que a tia Sara e o tio Mi também vinham com o senhor da Uber Eats mas mal viu os croissants já não quis saber de mais nada. Já vos disse que o meu rico filho é um comilão?

 

Uma boa semana a todos!

 

xoxo

Marta

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Relato de um confinamento 2.0 #3

Este fim de semana rimou com descanso e comida boa! Espero que desse lado estejam todos bem e com saúde.

 

Sábado demos um pequeno passeio aqui pelo quarteirão e mais uma vez fiquei chocada com a quantidade de carros na rua e pessoas que continuam a circular com a máscara mal posta e até sem máscara. Não se entende a esta altura do campeonato que continuemos a permitir este desleixo. Não percebo como podem estas pessoas continuar indiferentes ao que se passa neste momento. Como podem continuar a fazer-se festas e jantares e perante as denúncias a polícia responda " não podemos fazer nada". Oi?! Enfim, deu para os miúdos e graúdos esticarem as pernas e respirarem ar puro. Tem estado sempre a chover e por isso os passeios têm sido escassos.

 

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Segui a dica da Isabel e encomendei no Minipreço Online. Super rápido, encomendei sexta e sábado de manhã trouxeram, tendo avisado antes que estavam a caminho e quando chegaram. Gostei! Para as compras dos frescos, legumes e fruta, continuo a recomendar o Ponto Bio. Encomendo todas as semanas e sábado de manhã vêm cá trazer a casa. Sei que agora também entregam em Lisboa!

 

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E pela primeira vez resolvi fazer pastéis de nata. Ficaram bons mas para a próxima vou usar a massa folhada de manteiga do Lidl que me parece ser mais apropriada para esta delícia. Querem a receita? Está no destaque FOOD do Instagram. Tive a ajuda da Miss M e mais que pelos pasteis, soube bem a companhia.

 

Sábado perguntei pelo Instagram se recomendavam quem entregasse Brunch em casa, falaram de vários que entregavam via Uber Eats. Mas caramba, os preços são um disparate! Não só se paga a taxa de entrega, como os preços estão inflacionados e muito na plataforma. 4€ por um sumo de laranja? Recuso-me! Portanto, mãos à obra e brunch caseiro no Domingo. Os miúdos têm acordado tarde ( aleluia!) e assim fizemos um pequeno-almoço bastante completo pelas 11h, que deixou todos bem satisfeitos - Panquecas, pão, tostas, queijos, fiambre, ovos, fruta, pastéis de nata, sumo e capuccinos.

 

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O resto do dia foi passado na ronha, que também sabe bem. E esta semana vou começar a organizar o necessário para as aulas online, que começam já para a semana. 

 

Boa semana a todos e um bom mês de fevereiro!

 

xoxo

Marta

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Querido, mudei a varanda!

Desde que entrámos em confinamento e fomos impedidos de circular à vontade que não temos saído, excepto para o necessário. Vamos agora começar a ir aos poucos, porque efetivamente não podemos continuar enclausurados quando não se avista o fim da situação.

 

Por estes dias, nunca o expaço exterior privativo foi tão valorizado e sorte de quem o tem. Nós temos uma varanda, que não sendo pequena, tem um problema - está voltada para a parte mais ventosa aqui da zona. Gera-se aqui um micro clima que nos impede muitas vezes de usufruir da varanda, como poderíamos. Andamos aos anos a falar de colocar um acrílico ou vidro que protegesse a parte da guarda da varanda mas fomos sempre adiando. Agora, faz todo o sentido avançar com isso. Vai proteger do vento e é uma segurança extra para o pequeno aqui de casa que é bem mais aventureiro que a irmã.

 

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Enquanto não tratamos disso, temo-nos dedicado - eu e a Mariana - à jardinagem! Transplantámos uma planta que tínhamos cá dentro e nunca mais crescia, plantámos flores e umas aromáticas. Agora é esperar que cresçam e não sucumbam ao vento e ao sol que incide em grande parte do dia ali. O nosso plano é colocar uma zona de estar com colchões e uma ou outra cadeira, mas tenho tido imensa dificuldade em encontrar mobiliário de exterior que não custe os olhos da cara.

 

Adoro esta linha do Ikea mas caramba, 70€ por uma cadeira? De resto, é esta onda que pretendo para a varanda. Uma zona relaxante e colorida!

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A Casa também tem coisas muito giras mas a maior parte delas não está disponível para o Click&Collect...

 

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Algum sítio com este género de mobiliário mais em conta? Fico à espera das vossas dicas!

 

xoxo

Marta

 

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Coisas que descobri nos últimos tempos

Com o isolamento em casa que temos praticado nos últimos dois meses, cheguei à conclusão que há muito pouca coisa que não se consiga fazer em casa. Muitas vezes gastamos dinheiro desnecessariamente em coisas que facilmente faríamos se não nos desse a preguiça e a opção de comprar feito não estivesse mesmo  ali à mão.

 

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Claro que dá trabalho mas também tem a vantagem de sabermos aquilo que estamos a consumir, conscientemente. Por exemplo, ao fazer massa de pizza apercebi-me que só na minha porção vão 125g de farinha. É imenso e não tinha mesmo ideia. Mas ao menos não leva conservantes e coisas menos boas como as bases já prontas.

 

Coisas que já sairam da minha cozinha em dois meses, para além das habituais que faço no dia-a-dia:

 

- pão, muito pão. Pão de trigo, pão da avó, pão de aveia e trigo, pão de centeio, pão de mistura.

- massa para pizza tradicional, massa para pizza com iogurte;

- brownies;

- scones;

- pão de deus, seguindo a receita da Padaria Portuguesa;

- massa quebrada;

- rissóis;

- coissants franceses, fiz batota e usei massa folhada comprada;

- café Dalgona;

 

E com esta comilice toda cheguei a uma conclusão. Eu achava que almoçar fora todos os dias era pouco saudável mas vejo agora que o pouco que eu achava que me mexia até era muito. É que eu casa já vão mais 2 kgs não pelo que como, embora também ajude certamente, mas pelo pouco que me mexo. Também têm esta noção?

 

Digam lá, o que fizeram em casa que não tenha por hábito fazer?

 

xoxo

Marta

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Então Marta, como corre isso da quarentena #4?

Esta foi a semana que mais custou a passar. Já não posso ouvir o "vai ficar tudo bem!" porque sinceramente não acredito. E eu considero-me uma pessoa otimista. A sensação que tenho é que há pessoas que se recusam a acreditar no que estamos a viver e continuam convencidas que tudo não passa de um a) exagero, b) conspiração chinesa, c) manobra do governo e d) todas as anteriores.

 

Mas dizia eu que a semana custou a passar. Terça começaram as aulas da mais velha. Estou imensamente contente com o esquema que a escola dela adotou, a professora envia alguns trabalhos - 2, 3 páginas - e de tarde às 16h têm reunião pelo zoom para poderem corrigir/conviver/relembrar matéria. Nada de exagerado e conseguimos respirar sem andar numa roda viva entre teletrabalho, escola e bebé.

 

Também nós regressamos ao teletrabalho, depois do fim de semana grande da Páscoa. A impaciência já ronda bastantes vezes por aqui e não tem sido fácil. Estamos facilmente irritáveis e qualquer coisa faz saltar a tampa. MAS temos mesmo de respirar e bem fundo, porque temos pelo menos mais 15 dias disto pela frente. Quinta e sexta foram particularmente complicados, andei mesmo triste e então depois de ouvir que o Costa quer abrir as creches em Maio fiquei a achar que esta treta toda vai ser em vão. Querem-me explicar como vou deixar o meu filho - que tem "n" bronquiolites, que faz medicação preventiva e que o pediatra mandou continuar pelo menos até Maio, mediante a situação - voltar para um sitio onde o contágio é fácil porque obviamente que bebés não respeitam a distância social. Isto faz algum sentido?!

 

Tenho acordado cedo nos dias de fazer pão e isso permite-me ficar a aproveitar o silêncio enquanto toda a gente dorme... Até ouço os passarinhos e com este pouco movimento - pelo menos durante a semana, porque este fim de semana foi para esquecer - ouvem-se imenso e em maior quantidade. Fico estupefacta com a quantidade de pessoas que continua a sair à rua por tudo e por nada. Pensem, se todos resolvermos fazer o nosso passeio higiénico -  e eu não faço - rapidamente temos uma multidão de pessoas na rua. Qual é o propósito?

 

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Esta semana eu e o meu irmão fizemos uma troca no tapete ( que tempos estes!). Ele foi-me comprar essenciais em falta - batatas, ovos e CHOCOLATE. Eu deixei-lhe os produtos comprados na Notino, fermento em pó, um desenho da Mariana para o tio e dois ovos da Páscoa da nossa caça aos ovos. Já me imaginaram sem chocolate de culinária em casa?! Tenho cozinhado bastante e feito coisas de raiz: pão, pizza, biscoitos, bolos... vou sair da quarentena a rebolar mas sinceramente, não estou nem aí. Também voltei ao vinho, agora que o baby Pepê se emancipou e já não liga nenhuma às minhas maminhas hahahahaha.

 

Andamos a ver o Outlander, começámos na primeira temporada, eu só tinha apanhado alguns dos episódios e vamos agora na terceira. Alguém vê/viu?

 

Por aqui continuamos #emcasa.  E por aí?

 

xoxo

Marta

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5 coisas a fazer para que a quarentena corra melhor!

Para quem está em teletrabalho e ainda por cima com os filhos em casa, têm sido dias desafiantes, certo? Há uns dias desabafava no FB que via e lia toda a gente a pôr em prática mil atividades com os filhos, a pôr a leitura em dia, a cozinhar mil e uma coisas e que eu não percebia como tinham tempo!!! É fácil, não estavam a trabalhar!!! Correndo o risco de me tornar repetitiva - teletrabalho e crianças não é fácil! Requer jogo de cintura, paciência extra+++ e horários! Imensa gente comentou e senti que as pessoas precisavam mesmo de desabafar. Mesmo aquelas que não tendo filhos sentem  na mesma que o tempo lhes escapa pelos dedos entre trabalho e todas as tarefas de casa. Mas sinceramente, acho que está bem pior quem não pode mesmo deixar de trabalhar, por isso vamos aproveitar estes dias em família, mesmo que por vezes tenhamos vontade de fugir ou mandar a descendência para os avós.

 

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Deixo-vos algumas sugestões para seguirem e outras para se ocuparem quando não estão a trabalhar e para sentirem que há vida para além das crianças e do trabalho, eu tenho posto algumas em prática!

 

1 - Manter uma rotina. Isto é especialmente importante se têm crianças... Manter a rotina habitual, mesmo que em casa, vai ajudar a que eles se sintam seguros e tudo fluirá melhor. Continuar a distinguir a semana de trabalho do fim de semana de descanso também é importante. Aqui temos continuado com os nossos pequenos almoços especiais de fim de semana e para os adultos, um jantar mais fancy ao sábado com cinema a acompanhar. E o sábado passou a ser o dia das limpezas agora que não temos a nossa D. Conceição por cá.

 

2 - Aproveitar para colocarem as séries/ filmes em dia. Tem sido o nosso programa depois de jantar e de deitar os miúdos, ver um filme ou uma série. Já era parte da nossa rotina mas agora sinto mesmo a necessidade de espairecer e me distrair com ficção.

 

3 - Experimentar novas receitas. Já sabem que eu adoro cozinhar e até acho que me tenho saído bem nesta coisa de aproveitar tudo e fazer render o que temos entre idas ao supermercado. Comecei a fazer a massa mãe mas desisti porque não estava a resultar. Já encomendei fermento e deverá chegar por estes dias para poder voltar aos pães caseiros. Acho que já o país inteiro deve ter feito o #paodemia da Filipa Gomes e eu quero muito experimentar! Também experimentei esta receita espetacular de massa de pizza da La Dolce Rita e adorámos! Outro achado foi a receita do Bolo de Chocolate sem ovos partilhada pela Mónica Lice, estava cética mas não é que resulta? Só não aconselho a cortarem ao açucar como eu fiz, ficou pouco docinho!

 

4 - Arrumar e organizar. Também têm aí por casa a gaveta ou armário onde enfiam tudo o que não sabem onde arrumar? Pois bem, chegou o dia de começar a destralhar e arrumarem tudo no sítio. Este fim de semana íamos arrumar os armários da cozinha que estão a precisar desesperadamente de uma reorganização mas não estive para aí virada e adiámos para o próximo fim de semana! Tenho a certeza que vou descobrir coisas que não usamos há séculos e que não fazem falta nenhuma. Destino: lixo ou dar!

 

5 - Desdramatizar ou praticar o "Let it go" como no Frozen. Hoje correu mal? Amanhã há-de correr melhor! Confesso que já me chateia todo o lado cor de rosa da quarentena publicado! Sou só eu que às vezes sinto que preciso mesmo do MEU espaço? Sem filhos e marido a chamar por mim? Mesmo que ao fim do dia agradeça estarmos todos juntos e com saúde? Ou será que tenho de passar o dia a trabalhar, a inventar atividades, a acompanhar o estudo, a cozinhar, a limpar e outras coisas que tal? Não há mal nenhum em dizermos que as coisas não são sempre perfeitas mas que mesmo assim gostamos da vida, imperfeita como ela é. Outros dias... podemos ter vontade de mandar tudo à fava e está tudo bem na mesma.

 

Boa quarentena!

 

xoxo

Marta

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Então Marta, como corre isso da quarentena #3?

Três semanas disto e avizinham-se muitas mais. Quando será o pico, quando poderemos retomar a normalidade, seja lá o que isso for? Acho que nada será igual ao que era dantes... Vamos andar sempre com medo quando alguém tosse ao nosso lado? Se alguém espirra? Se um dos nossos filhos fizer febre, será apenas uma virose ou algo mais? Tempos estranhos estes...

 

Tento não ver demasiadas notícias e seguir as fontes oficiais mas o que fazer quando até estas parecem não ter segurança nos dados que transmitem? Quando a Ministra da Saúde e a diretora da DGS se desdobram em indefinição e um dia é assim e no outro é assado? Admito que a posição de ambas não é fácil mas nenhuma das duas me transmite segurança e credibilidade nas recomendações. Não é preciso usar máscara, dizem num dia, até podemos usar máscara mas como não há para todos, não podemos dizer que é para usar, dizem no outro. O pico é em Maio, não, afinal é em Abril, vamos andar nisto até Junho... Menos, minhas senhoras.

 

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E o que dizer da clara inércia do governo a norte? Falam de rastreios a lares de idosos, programa  que começa em Lisboa, Évora, Guarda, Aveiro, e Algarve. E o Porto, que concentra cinco dos seis municípios do país com mais mortes e casos confirmados? Felizmente, já o Presidente da Câmara do Porto, que tem sido exemplar desde o início de toda esta pandemia, tinha já acautelado essa situação, lançando um programa de rastreio para todos os lares de idosos e funcionários, contando com 300 camas na Pousada da Juventude e no Pavilhão Rosa Mota. E depois ainda vêm falar sobre um cerco sanitário à cidade? Ah mas afinal não queremos isso, dizem no dia seguinte. Até nos enganámos no número de casos no Porto... Mas alguém ainda acredita no que esta gente diz?

 

O meu problema não é estar em casa... é esta indecisão, esta clara desinformação, esta falta de confiança em quem nos lidera e supostamente representa. Podiamos ter-nos preparado para isto, tivemos tempo mas faltou "tomates" a alguém pelo caminho.

 

xoxo

Marta

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Em casa #1

Como vos disse a semana passada, estamos já há alguns dias em casa. Sexta o pai também ficou e soubemos ao final do dia que o serviço da câmara onde trabalhamos ia fechar e teríamos a possibilidade de trabalhar em casa em regime de teletrabalho. Tenho de louvar a atitude do Presidente Rui Moreira porque efetivamente se antecipou e tomou a decisão consciente de proteger os funcionários. Aliás, as medidas que o Porto tem tomado têm surtido resultado e as ruas têm estado vazias. Tomara o resto do país fazer o mesmo mas pelos vistos por Lisboa ainda acham que estamos na brincadeira.

 

Se olhar para a semana passada fico com aquela sensação que naqueles 7 dias couberam imensos acontecimentos e se no início da semana tudo parecia longínquo e hipotético, pelo meio da semana fiquei com a certeza que o meu lugar e o dos pequenos era mesmo em casa. Fui chamada de exagerada mas dois dias depois já toda a gente queria era ir para casa. Sou uma pessoa curiosa por natureza, gosto de pesquisar e estar a par do que se passa e fui-me apercebendo que os casos conhecidos no início da semana seriam apenas a ponta do iceberg de muitos outros que andariam aí camuflados e sem estarem ainda descobertos. Preferia estar enganada mas infelizmente não.

 

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Fiquei zangada com as pessoas que sabendo como estava a situação em itália se foram lá enfiar na mesma. Que levaram a sua vida social normal sem olhar à saúde dos outros. Que publicaram videos nas redes sociais a dizer que estavam internados mas "tá-se bem!", numa atitude completamente despreocupada face à gravidade da situação. Mas pensando bem, a nossa própria Ministra da Saúde e governantes em geral desvalorizaram até há bem pouco tempo a situação, apontando o virus como sendo mais uma gripe e o resultado está à vista de todos. E realmente, às tantas estes primerios casos serão os sortudos que tiveram os meios humanos todos disponíveis e sem faltarem equipamentos essenciais como ventiladores.

 

Não sejamos imprudentes, temos a nossa saúde em risco e está nas nossas mãos fazer o possível por quebrar a cadeia de transmissão. Mas, ou nos consciencializamos todos e remamos para o mesmo lado, ou então terá sido em vão. Os nossos profissionais de saúde são excecionais e mais do que nunca dependemos deles para a coisa correr bem, mas também temos em nós o poder de ajudar. Infelizmente, nem todos podemos ficar em casa. Há quem não possa porque o trabalho que desempenha não permite, há quem tenha de ir trabalhar porque o patrão assim o exige. Quem pode ficar em casa, por favor não desperdice essa benesse. Não mandei os miúdos para os avós... as pessoas de idade são um grupo de risco e as crianças podem ser transmissoras sem sintomas. Fontes não oficias indicam que o contágio no norte de itália passou muito por aí. Se sim, se não, só mais tarde se saberá.

 

Vamos acreditar que em breve vamos poder fazer tudo aquilo que não poderemos nos próximos dias.

 

xoxo

Marta

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